sábado, 5 de abril de 2008
A vizinha da frente bateu o carro. Recebi esta notícia aos berros, um sorriso estampado no rosto de mamãe. A Elza Soares que estava cantando nas minhas caixas de som do computador, deu um berro. Dias atrás, haviámos acompanhado a saga do carro que não entrava na garagem. De camarote, quase na primeira fila, santas janelas. A moça tentava estacionar, mas os pneus não viravam e a marcha, vocês acham que ela engatava? Não entendo nada de carros, mas ali, em minha frente estava uma mulher que realmente honrava o "mulher no volante, perigo constante".
Eis que chegou o Ricardão do pedaço, de cuecas samba canção, segundo o que a mãe disse. Todo macho, entrou dentro do carro prestes a mostrar que os homens eram quem mandavam nessa budega de mundo. Mas ele decepcionou a ala masculina. Além de não conseguir colocar o carro na garagem, tampouco conseguiu estacioná-lo na calçada. Bateu no carro do Maicon, o namorado de uma menina que cresceu junto comigo. E Bruna, a filha da moça não parava de saltitar na rua, parecendo um palhaço do Cirque Du Soleil. Levem esta menina com a trupe, novamente expresso a opinião de mamãe sobre ela: "parece uma macaca".
Depois da ajuda divina, o carro finalmente pôde descansar. E todos foram dormir. Mamãe fechou a janela, Sílvia desligou o telefone e Idena enrolou-se nas cobertas. O assunto só voltaria as bocas, no dia seguinte, com a notícia da batida do veículo. Malditas profecias maternas. Que não me falem que serei boa motorista. Tenho sérias dúvidas sobre o mesmo.

0 comentários:
Postar um comentário