Aonde estão meus 17 anos?

segunda-feira, 7 de julho de 2008


Sem saco para marolas. Há poucos minutos atrás, tive uma idéia formidável que foi destruída pelo fantasma da Sylvinha. Tenho saudades. Quero as mãos quentes dela e sua aliança que pegava fogo no dedo. Não quero fazer redondilhas hoje, estou voltando aos dias de tédio e agora sem perspectiva de algo de novo no ar. Sem coragem para escutar velhos discos, os agudos em ré maior não fazem mais sentido.

Aznavour fala pra Sylvinha, fala, sintetiza em 'il faut savoir", por favor:


"É preciso saber permanecer frio

E quieto com um coração que morre

É preciso saber guardar a face

Mas eu te amo tanto

Mas eu não sei

É preciso saber

Mas eu, eu não sei... "


Je t'aime trop, eu sempre quis te dizer isto em francês, soa tão bonito e chique. J'en deduis que je t'aime, o prelúdio parece pingos de água caindo do céu, mas são apenas notas de piano. Ele é meu poeta, eu não quis tomar mais o Eduardo como meu garanhão/gatão, pois parece um punhal rasgando meu coração. Continuo me perguntando se meus presentes serão incinerados. É, o Charles é meu poeta e todos os álbuns dele, menos o do mambo eu os coloco para sofrer ainda mais com tua ausência. Martelem-me e por fim: matem-me. Não me perguntes onde fica o Alegrete, porque agora não sei mais aonde começa a tênue linha entre saudade e sanidade.

Obrigada e não volte nunca mais.

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